Prática esportiva está rodeada de mitos e verdades; cuidado para não se guiar por informações erradas
A oferta de informações sobre corrida de rua é tanta que é bom tomar cuidado: muitas vezes você está adotando uma estratégia errada por conta de uma onda que não é verdadeira. Tome cuidado com recomendações e opiniões de perfis de redes sociais que não têm formação ou experiência para comentar o assunto, busque sempre fontes de informação confiáveis e, se possível, conte com a orientação de especialistas (treinador, fisioterapeuta, médico, entre outros).
Hoje, vamos falar sobre alguns mitos sobre a corrida de rua (estão cheios dele na internet).
Correr com dor é normal – Esse é um mito muito comum entre os corredores, que acreditam que sentir dor é algo normal. E não, não é. Diferente daquela sensação de cansaço, provocada pela presença do ácido lático na musculatura, a dor é sinal de que algo está errado, pois se trata de uma proteção que avisa sobre uma possível lesão. Por isso, se você está com dor, pare e procure por ajuda profissional para não agravar o problema.
Quem tem problema na coluna não pode correr – Essa também é uma inverdade muito comum: corrida causa impacto, que prejudica a coluna. Na verdade, correr pode ajudar a aumentar a absorção do cálcio e, consequentemente, fortalecer os ossos. Para aqueles que já têm um problema na coluna, o ideal é mesclar os treinos de corrida com atividades que auxiliem no fortalecimento do core, como o pilates, a musculação ou os exercícios localizados.
Correr todos os dias é fundamental para o bom desempenho – A frase vem junto de termos como lesão, fadiga e estresse. O corpo pede por descanso, independentemente do nível do atleta ou do tempo disponível que ele tenha. Tente identificar com o seu treinador qual o volume de treino adequado para os seus objetivos, estilo de vida e capacidade. Tenha em mente que descansar também é um tipo de treino.
Alongamento antes de correr é essencial – É preciso aumentar a circulação de sangue no corpo antes da corrida, para que ele se sinta pronto. Então, melhor do que alongar, é aquecer, fazendo educativos, dando trotes ou outros tipos de exercícios. O alongamento antes da corrida pode estirar algum músculo, já que o corpo está frio, e isso pode ser doloroso e perigoso.
Correr grávida faz mal – Caso o seu corpo já esteja acostumado com a prática, continuar correndo grávida pode ser uma possibilidade, desde que a barriga e o peso não atrapalhem, claro. Só faça isso, porém, com o conhecimento e consentimento de seu médico e não abuse nas distâncias.
Correr faz mal para articulações – Assim como a coluna, essa é outra inverdade apontada por muitos. A corrida, como vários outros esportes, gera um estresse muscular, mas não faz mal para articulações ou outra parte do corpo desde que fortalecidos e prontos para a atividade. Há estudos, inclusive, que indicam o contrário: corredores não correm o risco de lesionar mais o joelho do que sedentários.
Não é necessário treinar membros superiores para correr – Apesar do uso predominante da perna e dos pés, a corrida trabalha o corpo inteiro: braços, abdômen, quadril, ombros, costas. Treine o corpo como um todo sempre. Foque em exercícios específicos para a atividade, mas não desconsidere os membros superiores.
Ter o equipamento da última geração - A corrida se tornou um mercado que lança novos produtos constantemente, sejam tênis, relógios com GPS, fones de ouvido, entre outros acessórios. Em redes sociais e nas propagandas, há uma tentativa de incentivar os corredores a ter sempre os equipamentos de última geração. Mas será que eles são tão melhores do que os outros para valer o investimento?
Para ser corredor é preciso... – Ter determinado porte físico; correr a tal velocidade; correr tantos quilômetros por mês. Esqueça tudo isso! É claro que os profissionais têm algumas determinações específicas para os índices, mas isso não quer dizer que os demais praticantes, os amadores, não sejam corredores. Se você sente prazer ao calçar seus tênis e correr por aí: parabéns, você é um corredor!
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